Delphi ::: Dicas & Truques ::: Strings e Caracteres

Como retornar o caractere a partir de um determinado código ASCII em Delphi usando a função Chr()

Quantidade de visualizações: 21948 vezes
Em algumas situações precisamos obter um caractere a partir de sua representação ASCII. Em Delphi isso pode ser feito por meio da função Chr(). Esta função recebe um número inteiro e devolve o caractere correspondente. Veja o exemplo:

procedure TForm1.Button1Click(Sender: TObject);
var
  codigo: integer; 
  letra: char;
begin
  codigo := 65; // código ASCII

  // vamos obter o caractere
  letra := Chr(codigo);

  // vamos exibir o resultado
  ShowMessage('O caractere para o código informado é: '
    + letra);
end;

É importante notar que esta função pode ser usada para imprimir caracteres de controle, tais como tab, enter, entre outros. Assim, Chr(9) retorna o caractere de tab.

Para questões de compatibilidade, esta dica foi escrita usando Delphi 2009.


C ::: Dicas & Truques ::: Matemática e Estatística

Como calcular raiz quadrada em C usando a função sqrt()

Quantidade de visualizações: 6728 vezes
A raiz quadrada de um número pode ser obtida em C por meio da função sqrt(). Esta função recebe um valor double, ou seja, qualquer tipo que possa ser convertido em double e retorna um valor double. Veja o exemplo:

#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
#include <math.h>

int main(int argc, char *argv[])
{
  int numero = 9;

  printf("A raiz quadrada de %d é %f", numero,
    sqrt(numero));

  printf("\n\n");
  system("pause");
  return 0;
}

Ao executar este código nós teremos o seguinte resultado:

A raiz quadrada de 9 é 3.

É importante observar que não é possível obter a raiz quadrada de um número negativo. Caso seu código tente fazer isso, o resultado poderá ser imprevisível.


PHP ::: Dicas & Truques ::: Strings e Caracteres

PHP para iniciantes - Como contar a quantidade de palavras em uma string usando as funções explode() e count() do PHP

Quantidade de visualizações: 86 vezes
Em algumas situações nós precisamos obter a quantidade de palavras em uma frase ou texto. Para isso nós podemos combinar as funções explode() e count() da linguagem PHP. É importante, antes de efetuarmos esta tarefa, nos certificarmos de que a string sendo analisada não possui espaços em excesso. Se esse for o caso, veja nossas dicas e truques a respeito da remoção de espaços em excesso de uma frase ou texto.

Veja o código completo para o exemplo:

<html>
<head>
<title>Estudando PHP</title>
</head>
<body>

<?php
  $frase = "Gosto de programar em PHP";
  $palavras = explode(" ", $frase);
  echo "A frase \"" . $frase . "\" contém " . 
    count($palavras) . " palavras";
?>
 
</body>
</html>

Ao executarmos este código nós teremos o seguinte resultado:

A frase "Gosto de programar em PHP" contém 5 palavras


PHP ::: Dicas & Truques ::: Matemática e Estatística

Como usar a função min() do PHP para obter o menor entre dois ou mais valores

Quantidade de visualizações: 7660 vezes
A função min() do PHP é útil quando precisamos obter o menor entre dois ou mais valores. Veja um exemplo de seu uso:

<?
  // vamos usar a função min() para obter o menor
  // entre três valores inteiros
  $menor = min(5, 12, 4);

  // vamos exibir o resultado
  echo "O menor valor é: " . $menor;
?>

Quando executamos este exemplo temos o seguinte resultado:

O menor valor é: 4

Veja que é possível também fornecer uma matriz para a função min(). Neste caso a função retornará o elemento com o menor valor na matriz. Veja:

<?
  // vamos usar a função min() para obter o elemento
  // com menor valor em uma matriz
  
  
  // vamos criar uma matriz com cinco elementos
  $valores = array(9, 3, 21, 49, 2);  

  // vamos obter o menor elemento
  $menor = min($valores);

  // vamos exibir o resultado
  echo "O menor valor é: " . $menor;
?>


Ao executar este exemplo você terá o seguinte resultado:

O menor valor é: 2



C ::: Dicas & Truques ::: Geometria, Trigonometria e Figuras Geométricas

Como calcular o coeficiente angular de uma reta em C dados dois pontos no plano cartesiano

Quantidade de visualizações: 3537 vezes
O Coeficiente Angular de uma reta é a variação, na vertical, ou seja, no eixo y, pela variação horizontal, no eixo x. Sim, isso mesmo. O coeficiente angular de uma reta tem tudo a ver com a derivada, que nada mais é que a taxa de variação de y em relação a x.

Vamos começar analisando o seguinte gráfico, no qual temos dois pontos distintos no plano cartesiano:



Veja que o segmento de reta AB passa pelos pontos A (x=3, y=6) e B (x=9, y=10). Dessa forma, a fórmula para obtenção do coeficiente angular m dessa reta é:

\[\ \text{m} = \frac{y_2 - y_1}{x_2 - x_1} = \frac{\Delta y}{\Delta x} = tg \theta \]

Note que __$\Delta y__$ e __$\Delta x__$ são as variações dos valores no eixo das abscissas e no eixo das ordenadas. No triângulo retângulo que desenhei acima, a variação __$\Delta y__$ se refere ao comprimento do cateto oposto e a variação __$\Delta y__$ se refere ao comprimento do cateto adjascente.

Veja agora o trecho de código na linguagem C que solicita as coordenadas x e y dos dois pontos, efetua o cálculo e mostra o coeficiente angular m da reta que passa pelos dois pontos:

#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
   
int main(int argc, char *argv[]){
  // coordenadas dos dois pontos
  float x1, y1, x2, y2;
  // guarda o coeficiente angular
  float m; 
       
  // x e y do primeiro ponto
  printf("Coordenada x do primeiro ponto: ");
  scanf("%f", &x1);
  printf("Coordenada y do primeiro ponto: ");
  scanf("%f", &y1);
     
  // x e y do segundo ponto
  printf("Coordenada x do segundo ponto: ");
  scanf("%f", &x2);
  printf("Coordenada y do segundo ponto: ");
  scanf("%f", &y2);   
     
  // vamos calcular o coeficiente angular
  m = (y2 - y1) / (x2 - x1);
     
  // mostramos o resultado
  printf("O coeficiente angular é: %f", m);
  
  printf("\n\n");
  system("PAUSE");
  return 0;
}

Ao executar este código C nós teremos o seguinte resultado:

Coordenada x do primeiro ponto: 3
Coordenada y do primeiro ponto: 6
Coordenada x do segundo ponto: 9
Coordenada y do segundo ponto: 10
O coeficiente angular é: 0.666667
Pressione qualquer tecla para continuar...

Veja agora como podemos calcular o coeficiente angular da reta que passa pelos dois pontos usando o Teorema de Pitágoras. Note que agora nós estamos tirando proveito da tangente do ângulo Theta (__$\theta__$), também chamado de ângulo Alfa ou Alpha (__$\alpha__$):

#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
   
int main(int argc, char *argv[]){
  // coordenadas dos dois pontos
  float x1, y1, x2, y2;
  // guarda os comprimentos dos catetos oposto e adjascente
  float cateto_oposto, cateto_adjascente;
  // guarda o ângulo tetha (em radianos) e a tangente
  float tetha, tangente; 
       
  // x e y do primeiro ponto
  printf("Coordenada x do primeiro ponto: ");
  scanf("%f", &x1);
  printf("Coordenada y do primeiro ponto: ");
  scanf("%f", &y1);
     
  // x e y do segundo ponto
  printf("Coordenada x do segundo ponto: ");
  scanf("%f", &x2);
  printf("Coordenada y do segundo ponto: ");
  scanf("%f", &y2);   
     
  // vamos obter o comprimento do cateto oposto
  cateto_oposto = y2 - y1;
  // e agora o cateto adjascente
  cateto_adjascente = x2 - x1;
  // vamos obter o ângulo tetha, ou seja, a inclinação da hipetunesa
  // (em radianos, não se esqueça)
  tetha = atan2(cateto_oposto, cateto_adjascente);
  // e finalmente usamos a tangente desse ângulo para calcular
  // o coeficiente angular
  tangente = tan(tetha);
	  
  // mostramos o resultado
  printf("O coeficiente angular é: %f", tangente);
  
  printf("\n\n");
  system("PAUSE");
  return 0;
}

Ao executar este código você verá que o resultado é o mesmo. No entanto, fique atento às propriedades do coeficiente angular da reta:

1) O coeficiente angular é positivo quando a reta for crescente, ou seja, m > 0;

2) O coeficiente angular é negativo quando a reta for decrescente, ou seja, m < 0;

3) Se a reta estiver na horizontal, ou seja, paralela ao eixo x, seu coeficiente angular é zero (0).

4) Se a reta estiver na vertical, ou seja, paralela ao eixo y, o coeficiente angular não existe.


C ::: Desafios e Lista de Exercícios Resolvidos ::: Arrays e Matrix (Vetores e Matrizes)

Exercício Resolvido de C - Usando um laço for para percorrer os elementos de uma matriz e exibí-los na ordem original e invertida

Quantidade de visualizações: 10420 vezes
Pergunta/Tarefa:

Considere a seguinte matriz de inteiros:

// uma matriz de inteiros contendo sete elementos
int valores[] = {6, 9, 12, 34, 83, 20, 17};
Escreva um programa C que usa um laço for para percorrer todos os elementos desta matriz duas vezes e exibí-los na ordem original e invertidos (somente na exibição, ou seja, não é necessário alterar a ordem dos elementos na matriz).

Seu programa deverá exibir a seguinte saída:

Ordem original:

6 9 12 34 83 20 17 

Ordem inversa:

17 20 83 34 12 9 6
Resposta/Solução:

Veja abaixo a resolução completa para esta tarefa:

#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>

int main(int argc, char *argv[])
{
  // uma matriz de inteiros contendo sete elementos
  int valores[] = {6, 9, 12, 34, 83, 20, 17};
  int tam_matriz = 7;
  int i;
    
  // primeiro vamos exibir os valores da matriz na ordem original
  printf("Ordem original:\n");

  for(i = 0; i < tam_matriz; i++){
    printf("%d  ", valores[i]);
  }

  // agora vamos exibir na ordem inversa
  printf("\n\nOrdem inversa:\n");

  for(i = tam_matriz - 1; i >= 0; i--){
    printf("%d  ", valores[i]);
  }
  
  printf("\n\n");
  system("PAUSE");	
  return 0;
}



C# ::: Dicas & Truques ::: Matemática e Estatística

Como testar se um número é primo em C#

Quantidade de visualizações: 7821 vezes
O Número Primo é o número maior que 1 e que só pode ser dividido por 1 e por ele mesmo, ou seja, números primos não podem ser divididos por outros números, a não ser por ele mesmo e pelo número 1. Dessa forma, 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, etc, são todos números primos.

É importante observar que 0 e 1 não são números primos, e que o número 2 é o único número primo par.

Veja agora um código C# completo que pede para o usuário informar um número inteiro positivo e mostra uma mensagem indicando se o número informado é primo ou não:

using System;

namespace Estudos {
  class Program {
    static void Main(string[] args) {
      bool primo = true;

      // vamos solicitar um número inteiro positivo
      Console.Write("Informe um número inteiro positivo: ");
      int numero = int.Parse(Console.ReadLine());

      // o número é negativo?
      if (numero < 0) {
        Console.WriteLine("Número inválido.");
      }
      // é 0 ou 1?
      else if ((numero == 0) || (numero == 1)) {
        Console.WriteLine("Número válido, mas não é primo.");
      }
      // passou até aqui. Vamos testar se o número é primo
      else {
        for (int i = 2; i <= (numero / 2); i++) {
          // se passar no teste, não é primo
          if (numero % i == 0) {
            primo = false; // recebe false
              break;
          }
        }

        if (primo) {
          Console.WriteLine("O número informado é primo");
        }
        else {
          Console.WriteLine("O número informado não é primo");
        }
      }

      Console.WriteLine("\n\nPressione qualquer tecla para sair...");
      // pausa o programa
      Console.ReadKey();
    }
  }
}

Ao executar este código C# nós teremos o seguinte resultado:

Informe um número inteiro positivo: 9
O número informado não é primo


HTML5 ::: HTML5 + JavaScript ::: Canvas

Como carregar uma imagem (ou foto) no objeto Canvas do HTML5

Quantidade de visualizações: 2463 vezes
O objeto Canvas do HTML5 nos permite carregar uma imagem ou foto em tempo de execução e desenhá-la em sua superfície. Para isso, comece criando um objeto Image para guardar a imagem temporariamente na memória:

var imagem = new Image();
// vamos carregar a logo do nosso site
imagem.src = "https://www.arquivodecodigos.com.br/logo.jpg";

O passo seguinte é adicionar um "ouvidor" de evento neste objeto Image para que ele nos avise quando a imagem estiver 100% carregada. Veja:

// vamos adicionar um "ouvidor" de evento no objeto Image
imagem.addEventListener('load', desenharImagem);

Pronto! Veja que agora, quando o evento load do objeto Image disparar, a função desenharImagem será chamada e a imagem será então desenhada no Canvas. Veja:

function desenharImagem(){
  // obtemos uma referência ao elemento Canvas  
  var canvas = document.getElementById("canvas1");
  // obtemos o contexto de desenho
  var contexto = canvas.getContext("2d");
  // e finalmente desenhamos a imagem
  contexto.drawImage(imagem, 0, 0);
}

E aqui está o código completo para o exemplo:

<html>
<head>
  <title>O objeto Canvas do HTML5</title>
</head>

<body>

<Canvas id="canvas1" width="500" height="350"></Canvas>

<script type="text/javascript">
  var imagem = new Image();
  // vamos carregar a logo do nosso site
  imagem.src = "https://www.arquivodecodigos.com.br/logo.jpg";

  // vamos adicionar um "ouvidor" de evento no objeto Image
  imagem.addEventListener('load', desenharImagem);

  function desenharImagem(){
    // obtemos uma referência ao elemento Canvas  
    var canvas = document.getElementById("canvas1");
    // obtemos o contexto de desenho
    var contexto = canvas.getContext("2d");
    // e finalmente desenhamos a imagem
    contexto.drawImage(imagem, 0, 0);
  }
</script>

</body>
</html>

Ao executar a página nós teremos o seguinte resultado:




C# ::: Dicas & Truques ::: Validação de Dados

C# Windows Forms - Como validar o conteúdo de uma caixa de texto usando o evento Validating da classe Control

Quantidade de visualizações: 17637 vezes
O evento Validating (disponível para todas as classes que herdam de System.Windows.Forms.Control) é muito útil quando precisamos verificar a validade dos valores inseridos nos controle Windows Forms. Neste exemplo mostrarei como usá-lo para validar o conteúdo de um TextBox. Aqui veremos como verificar se o conteúdo inserido é um valor inteiro válido.

Tudo começa com a propriedade CausesValidation da classe Control. Esta propriedade nos permite definir se o controle provocará uma validação de seus dados quando o mesmo estiver prestes a perder o foco, ou seja, o usuário começara a interagir com outro controle após inserir dados no controle alvo da validação. Se o valor desta propriedade for true a validação ocorrerá.

Em seguida voltamos nossa atenção para o evento Validating (também declarado originalmente na classe Control). Este evento é disparado quando a propriedade CausesValidation é true e o controle está prestes a perder o foco (o usuário está saindo para interagir com outro controle). Veja a ordem dos eventos quando estamos saindo do controle usando o teclado:

a) Leave
b) Validating
c) Validated
d) LostFocus

Se estivermos saindo do controle usando o mouse (clicando em outro controle), a ordem é:

a) Leave
b) Validating
c) Validated

Veja um exemplo do uso do evento Validating de um TextBox:

private void textBox1_Validating(object sender, CancelEventArgs e){
  MessageBox.Show("Meu conteúdo pode ser validado agora");
}

Experimente executar este código, coloque o foco na caixa de texto e depois "saia" para outro componente. Você verá a caixa de mensagem ser exibida.

O tratador de evento Validating recebe um objeto da classe CancelEventArgs. Esta classe possui apenas uma propriedade chamada Cancel. Se o valor desta propriedade for definido como true, o evento Validating (e todos que viriam após ele) é cancelado. Isso faz com que o foco fique preso no controle até que o usuário informe o valor correto. Veja:

private void textBox1_Validating(object sender, CancelEventArgs e){
  // vamos verificar se a caixa de texto contém um valor inteiro válido
  try{
    // vamos tentar converter o texto recebido em um valor inteiro
    int valor = Int32.Parse(textBox1.Text);
    MessageBox.Show("Validação ocorreu com sucesso!");
  }
  catch(FormatException fe){
    // não conseguimos converter o texto em um valor inteiro
    MessageBox.Show("Valor inválido! Tente novamente! " +
      fe.Message.ToString());
    // limpamos a caixa de texto
    textBox1.Text = "";
    // e "prendemos" o foco na caixa de texto
    e.Cancel = true;
  }
}

Neste trecho de código nós usamos um bloco try...catch para tentar converter o texto do TextBox em um valor inteiro. Se houver falha na conversão nós avisamos o usuário, limpamos a caixa de texto e forçamos o usuário a fazer a correção.

Para finalizar, entra em cena o evento Validated. Este evento é disparado imediatamente após o evento Validating finalizar sua parte e é um bom lugar para avisarmos o usuário sobre o sucesso da validação ou remover quaisquer efeito visual que tenhamos inserido durante o processo de validação. Veja:

private void textBox1_Validating(object sender, CancelEventArgs e){
  // vamos verificar se a caixa de texto contém um valor inteiro válido
  try{
    // vamos tentar converter o texto recebido em um valor inteiro
    int valor = Int32.Parse(textBox1.Text);
  }
  catch(FormatException fe){
    // não conseguimos converter o texto em um valor inteiro
    MessageBox.Show("Valor inválido! Tente novamente! " +
      fe.Message.ToString());
    // limpamos a caixa de texto
    textBox1.Text = "";
    // e "prendemos" o foco na caixa de texto
    e.Cancel = true;
  }
}

private void textBox1_Validated(object sender, EventArgs e){
  MessageBox.Show("Validação ocorreu com sucesso!");
}

Veja que tudo que fizemos aqui foi remover a mensagem de sucesso de validação do evento Validating para o evento Validated.


Java ::: Dicas & Truques ::: Programação Orientada a Objetos

Programação orientada a objetos em Java - Como criar e usar interfaces em seus programas Java

Quantidade de visualizações: 11862 vezes
Muitos estudantes de Java torcem o nariz quando nós, professores e instrutores, tocamos no assunto de interfaces. Definitivamente este não é um tópico fácil de entender ao primeiro contato. Comecemos com uma analogia simples. É sabido que é cada vez maior o número de softwares sendo desenvolvidos em equipes, ou seja, o projeto do software é desmembrado e suas funcionalidades são implementadas por grupos diferentes de programadores.

Quando estamos desenvolvendo software em grupos de programadores, é comum desenvolvermos partes que dependem do trabalho de um outro grupo. E, nem sempre podemos esperar que uma parte da qual dependemos fique pronta para só então progredirmos.

Para isso, um contrato entre os grupos de programadores é firmado. E este contrato é o que chamamos de interface. Suponhamos que em um determinado momento meu grupo está desenvolvendo código que depende da parte de impressão, sendo desenvolvida por outro grupo. Todos se reúnem e decidimos quais funcionalidades a classe de impressão terá e quais métodos públicos serão disponibilizados. Feito isso, uma interface contendo a assinatura destes métodos é disponibilizada para todos e o desenvolvimento continua. Mais tarde, quando a classe de impressão estiver sendo desenvolvida, ela poderá implementar a interface anteriormente disponibilizada e tudo está resolvido.

Sendo assim, uma interface na linguagem de programação Java é um tipo referência, similar a uma classe. A diferença é que uma interface pode conter apenas constantes e assinaturas e métodos. Não há a implementação dos corpos dos métodos. Além disso, interfaces não podem ser instanciadas usando new. Veja o que acontece quando tentamos fazer isso (lembre-se de que List é interface):

import java.util.*;

public class Estudos{ 
  public static void main(String args[]){ 
    // cria um objeto da interface List
    List lista = new List();
  } 
}

Ao tentarmos compilar este código teremos a seguinte mensagem de erro:

Estudos.java:6: java.util.List is abstract; 
cannot be instantiated
    List lista = new List();
                 ^
1 error


Interfaces devem ser implementadas por classes ou extendidas por outras interfaces. Agora, um detalhe interessante. Se você verificar a API do Java, verá que a interface List é implementada pelas classes AbstractList, ArrayList, LinkedList e Vector. Desta forma, o código anterior pode ser modificado para:

import java.util.*;

public class Estudos{ 
  public static void main(String args[]){ 
    // cria um objeto da interface List
    List lista = new ArrayList();
  } 
}

Este código compila normalmente e fortalece nossa discussão a respeito da interface de impressão. O sistema inteiro pode fazer referências a uma interface e, para que ele funcione da forma esperada, só precisamos fornecer a classe que implementa a interface no momento de instanciar os objetos. Isso demonstra que o nome de uma interface pode ser usado em qualquer lugar no qual um tipo da classe que a implementa seja necessário.

Vamos ver agora como criar uma interface chamada Pessoa. Veja:

public interface Pessoa{
  public void setNome(String nome); 
  public String getNome();
}


Salve esta interface como Pessoa.java e a compile. Pronto! Esta interface já pode ser usada no sistema, contanto que todos do grupo tenham concordado com as assinaturas dos métodos. Agora observe uma classe Cliente que implementa esta interface:

public class Cliente implements Pessoa{ 
  private String nome;
  private int idade;

  public void setNome(String nome){
    this.nome = nome;
  } 

  public String getNome(){
    return this.nome;
  }
}

Salve este código como Cliente.java e o compile. O primeiro detalhe a observar é o uso da palavra-chave implements para mostrar que a classe implementa a interface Pessoa. Note também que a classe fornece implementação para todos os métodos da interface. Não seguir esta regra geraria o seguinte erro de compilação:

Cliente.java:1: Cliente is not abstract and 
does not override abstract method getNome() in 
Pessoa
public class Cliente implements Pessoa{
       ^
1 error


Em resumo, uma interface define um protocolo de comunicação entre dois objetos e pode conter, além das assinaturas dos métodos, constantes. Neste caso todas estas constantes serão implicitamente public, static e final. Mesmo que estes modificadores sejam omitidos.

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